banner

4 de set. de 2011

O ESTÁDIO COUTO PEREIRA - HISTÓRIA

Começo

[vide em meus vídeos a história do COUTO PEREIRA sob o tema: O COUTO É NOSSA CASA, NÃO EMPRESTAMOS]
Ao contrário da maioria das grandes construções no país, seja de complexos esportivos ou estádios, a construção do grande estádio no ALTO DA GLÓRIA tem uma história de dedicação de seus torcedores e pessoas apaixonadas pelo CORITIBA
O projeto foi elaborado por Ayrton Lolô Cornelsen, irmão de Aryon Cornelsen, que foi presidente do 
CORITIBA de 1956 a 1963. No entanto, anos antes, em 1943, o projeto foi apresentado ao governo do Estado. Emílio Hieges, Secretário da Fazenda do governador Lupion, vetou as obras alegando que destoava do padrão empregado nas construções do estado.
Após 10 anos o projeto foi novamente disponibilizado para construção, porém não houve interesse da sociedade. Os clássicos de Curitiba, que precisavam de um grande estádio, tiveram que esperar mais alguns anos para ver a obra acontecer.
Caberia ao 
CORITIBA o pioneirismo. Depois que Aryon Cornelsen assumiu a presidência do Clube não se mediu esforços para dar início às obras, ocorridas a partir do dia 6 de janeiro de 1958. A partir daí seria necessária muita dedicação, que faria do futuro estádio um orgulho para o povo paranaense e para a nação coxa-branca.
PLANTA DE AMPLIAÇÃO DO COUTO PEREIRA

REVISTA CORI GIGANTE DE 1970
CAPACIDADE INICIAL ERA PRA SER DE 100 MIL PESSOAS

Projeto
1956 - Maquete do projeto inicial criado por Aryon Cornelsen
O Estádio que conhecemos hoje em dia é muito diferente do apresentado no primeiro projeto. O estádio olímpico teria capacidade para 75 mil pessoas, sendo 48 mil sentadas, 54 lojas com 50 metros quadrados cada, formando um shopping center, um hotel com 108 leitos, restaurante, salão nobre, museu e sala de musculação.
Seu formato seria a continuação das atuais cadeiras sociais do estádio, com arquitetura simétrica e arquibancadas frontais similares. Nas laterais haveria uma decaída, dando um charme ainda maior à obra.
Toda essa estrutura viabilizaria o espaço em períodos fora da temporada esportiva. E para arrecadar dinheiro e dar início à construção, o primeiro passo tomado foi a venda de cadeiras perpétuas, plano semelhante ao utilizado na construção do Maracanã para a Copa de 1950. As mensalidades dariam respaldo para a manutenção do complexo esportivo.
Para algumas pessoas tudo isso era loucura. Uma cidade como Curitiba não precisava de uma obra com tamanha dimensão, e por isso a construção do grande estádio foi fundamental na nossa história, colocando o CORITIBA como a principal força do futebol no estado, a frente dos rivais e servindo de exemplo ao Brasil.

Construção


Eram necessários Cr$ 200.000.000,00 de cruzeiros para a construção do terceiro maior estádio do Brasil, que ficaria atrás apenas do Maracanã e do Morumbi. E as obras, iniciadas em 06 de janeiro de 1958, terminaram no dia 12 de outubro do mesmo ano, com a entrega da primeira etapa do projeto.
Como estava o ainda Belfort Duarte nos fins da década de 50. Graças ao "bolo esportivo"  as obras seguiam aceleradas. Era a primeira etapa, mas a arquibancada antiga ainda permanecia.

Momento importante do andamento das obras. O saudoso Emílio Cornelsen, pai de Aryon, foi uma presença constante na fase mais dura, de implantação do novo Belfort Duarte. O goleiro Hamilton aciona a máquina. 


Depois disso o estádio que seria modelo precisou ter seu projeto modificado. O terreno que ficava atrás do cemitério protestante seria fundamental para a construção de um amplo estacionamento. Porém, o então prefeito de Curitiba, Ney Braga, doou o terreno para a construção da igreja Perpétuo Socorro. Com isso deu-se fim ao projeto de Lolô. Opositores de Aryon ganharam as eleições e fizeram com que a obra fosse ainda mais descaracterizada, reduzindo, inclusive, o tamanho olímpico do estádio.


VISÃO PANORÂMICA 1969




Sonho e realidade
Quando Evangelino da Costa Neves assumiu a presidência do Clube foi que a construção do grande estádio teve efetivamente continuidade. Novamente com a colaboração de Aryon, dessa vez nos bastidores, e o apoio dos Irmãos Mauad, o estádio começou a ganhar sua dimensão.

O projeto ganhou novas formas, mais uma vez arrojadas para seu momento. Seria viabilizada a construção de três anéis de arquibancada, que formariam uma linda e inovadora arquitetura.
Na década de 60, o público procurava espaço em meio às obras nos dias de jogos. O bolo esportivo era um sucesso e a torcida coxa-branca dava exemplo de amor, erguendo cada tijolo do então Estádio Belfort Duarte.

Em setembro de 1968 houve um acidente, que acabou sendo fatal para um dos operários da obra. Ao retirarem o escoramento da marquise (coberturas) das atuais cadeiras sociais, eles começaram a ruir.



Quando foi concluída a reconstrução da marquise, que passou por um processo de reformulação e contou com os melhores engenheiros do país, cerca de 70 voluntários subiram para testá-la, pulando e fazendo uma prova de carga.


COUTO PEREIRA EM 1971

Conhecido como Belfort Duarte, até 1977, a casa coxa-banca foi rebatizada em homenagem ao seu  presidente, o major do exército Antônio Couto Pereira, em cuja gestão, em 1932, foi comprado o terreno e construído o estádio, localizado no bairro do Alto da Glória.

A reinauguração ocorreu no dia 6 de março de 77, em jogo diante o Atlético-PR, vencido pelo time alviverde por 2 a 0.
COUTO PEREIRA EM 1975
SEM AS GRADES DE PROTEÇÃO

COUTO PEREIRA EM 1979

CONSTRUÇÃO DO FOSSO EM 1988




De fato, a construção do nosso estádio se deu pela força dos nossos antepassados, de pessoas que, como nós hoje, viveram seu amor pelo Coritiba. A construção do gigante de concreto armado nunca teve seu fim. O Couto Pereira hoje está entre os melhores estádios do Brasil.
O Coritiba sempre inovou e saiu na frente dos rivais com idéias e projetos fantásticos. O Estádio Couto Pereira foi construído com o tempo, de grão em grão. Foi ganhando seu formato com a ajuda de muitos torcedores apaixonados pelo Clube que faziam questão de ajudar, vendendo ou comprando rifas, adquirindo uma cadeira perpétua ou se tornando sócio do Clube.

Aryon foi quem deu o ponta pé inicial na construção do até hoje, maior estádio do Paraná e palco de grandes partidas no futebol brasileiro. Porém, muitos Coxas-Brancas, famosos ou anônimos, presidentes, conselheiros, proprietários de cadeiras ou simples torcedores, podem se considerar quase que “donos” do Estádio Couto Pereira.


JOGO: CORITIBA X SÃO PAULO EM 1998

 

COUTO PEREIRA ATUALMENTE
por fernando maio
 SETOR PROTORK





8 comentários:

  1. Parabéns pelo excelente trabalho de pesquisa. Todo torcedor Coxa Branca deveria conhecer a história e tradição que tem o Clube.

    ResponderExcluir
  2. Obrigado amor pelas palavras. Seja sempre bem vinda aki. Bjs

    ResponderExcluir
  3. Desde 2011 que o torcedor do Coritiba se orgulha de ter a maior sequência de vitórias do mundo, naquele ano o Coxa acumulou 24 triunfos seguidos, porém esse título não pertence ao time brasileiro O Guinness Book reconheu a sequência do Ajax de 26 vitórias entre 3 de outubro de 1971 e 29 de março de 1972 tirando, assim, o primeiro lugar do Coxinha.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Mas o recorde estadual e nacional continua sendo do Coritiba. E o seu clubeco é aquele que conquistou "magníficas" 11 vitórias consecutivas no tempo que o diabo era guri pelo ruralzão ?

      É típico de gente frustrada que nunca superou o MAIOR RIVAL destilar esse venenozinho inócuo e cheio de inveja. Duas coisas pra definí-los: FREGUESES E INVEJOSOS.

      Excluir
  4. No ranking da CBF o coxinha é 14, pior posição dos paranaenses da série A.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Pode estar na 10a. Na Quinquagésima, ou na CENTÉSIMA posição. Na 1a ou 2a divisão, mas qdo o assunto é auau-TIBA as cadelas se borram, pq apanham em questão de decisão de títulos e no confronto direto. As cadelas sarnentas nasceram pra apanhar do maior do Estado.

      Excluir
  5. Este comentário foi removido por um administrador do blog.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Quem não disputou nada, nem Série A e nem Série B em 4 oportunidades não tem moral pra latir sobre os REBAIXAMENTOS DO CORITIBA.

      Quem tem uma estrela prata na camisa em alusão à conquista de uma série B, relevando assim a grandeza do clube; um clube de SEGUNDA, não tem moral pra falar em REBAIXAMENTOS.

      QUEM É FREGUÊS EM BRASILEIROS não tem moral pra latir sobre os rebaixamentos do MAIOR RIVAL.

      QUEM FOI REBAIXADO NO RURAL, não tem moral pra latir sobre os rebaixamentos do maior rival em nível nacional.

      Excluir