RACISMO NO CORITIBA ?
Infelizmente muitas pessoas irresponsáveis e levianas indo além da rivalidade e dando lugar apenas ao ódio proferem palavras e acusações sem fundamento e que se analisadas criteriosamente e a luz da verdade podem ser facilmente desmentidas.
Quando um clube é MEDÍOCRE e PEQUENO e não consegue superar no CAMPO o seu maior rival, parte para as baixezas, ignorâncias e apelações.
Assim é o time lá de baixo; é recalcado, magoado e frustrado. Vivem afirmando estar em outro patamar, mas não esquecem o maior algoz, lançando aos quatro ventos acusações falsas, para tentar denegrir a HISTÓRIA ILIBADA DO MAIOR CLUBE DO PARANÁ, como por exemplo que o Coritiba seria um clube racista.
Porém no Livro, "AtleTiba – A Paixão das Multidões" de 1994, escrito por Vinícius Coelho e Carneiro Neto, desmente tais acusações levianas proferidas por um povo recalcado e frustrado.
Tentam nos atingir de todas as formas, porém a verdade sempre vem a tona.
OS NEGROS NO FUTEBOL PARANAENSE SOB A ANÁLISE DE VINÍCIUS COELHO E CARNEITO NETO
Negros no Coritiba (por Vinícius Coelho)
Durante muito tempo afirmou-se que o Coritiba era um clube racista. Não admitia negros. Um dia encontrei o ex-presidente Couto Pereira e ele me disse:
" Mentira. Nunca houve preconceito racial no clube. O que sempre houve foi um problema do Paraná, de Curitiba. Sempre foram poucos os negros na cidade. O frio, inimigo da raça negra, da epiderme, evitou sempre que uma região colonizada por europeus, abrigasse muitos negros. O Coritiba foi fundado por uma vastíssima colônia germânica".
"O futebol, pelo menos antes do advento do profissionalismo, era esporte da elite."
- E quando os negros começaram a aparecer no Coritiba?
"Que eu me lembre, em 1931 já tivemos um negro no time: o Moacir Gonçalves, que jogava no Palestra e que conseguimos contratar. Ele passou a jogar e depois a técnico do time principal. Foi campeão em 31 em cima de seu ex-time, o Palestra."
E depois?
"Vieram outros. Na década de 30, o general Aníbal, na época tenente Aníbal, grande figura da cidade, negro, era diretor do Coritiba. Na década de 40, o Bananeiro, que era do Ferroviário, irmão de três excelentes jogadores que formavam a intermediária do time, Baiano, Ferreira e Janguinho, sem chance de ser titular, veio para o Alto da Glória."
"E o ano seguinte, veio seu irmão, Janguinho. Todos negros. Nunca houve qualquer sinal de preconceito. Bastava ser bom jogador que vestia a camisa coritibana."
O Negro no Cartola(Atlético) por Carneiro Neto.
"Desde o início o Atlético foi o time das famílias mais tradicionais da cidade. Herdou a aristocracia característica do América e Internacional, clubes que só tinham jogadores acadêmicos ou de famílias conhecidas, e a tradição foi mantida".
"Por isso, com certeza, não jogavam no Atlético jogadores negros. E não era racismo. Simplesmente por questões sociais, era muito difícil, naquele tempo, um negro freqüentar a Universidade ou circular pela fechada sociedade curitibana da primeira metade do século. Nos anos 20, jogou o Urbino que, entretanto, não passava de moreno."
"Com o tempo, o Cartola ficou sendo a marca registrada do clube “pó-de-arroz” da cidade, mas o crescimento da torcida transformou-o no “Time do Povão”, conforme timbrou o jornalista Albenir Amatuzzi nas páginas do jornal Tribuna do Paraná, nos anos 70."
"Enquanto o Coritiba já contava com jogadores negros e os demais contavam com diversos bons de bola, o Atlético continuava sem jogador escuro no time. Quando algum aparecia para treinar na Baixada, começavam as brincadeiras. Conta-se que algumas vezes, o goleiro Laio – a Fortaleza Voadora – moreno, quando sabia que algum escurinho que pretendia ganhar lugar na equipe, esticava o braço esquerdo e apontava com o indicador da mão direita:
- O limite de cor é a minha, turma!"
"No final dos anos 50, apareceu um crioulinho alto, magro e bom de bola no infanto-juvenil, logo levado ao juvenil pelas mãos do técnico João de Pasquale."
"E, em 1962, Amauri vestiu a camisa titular e tornou-se o primeiro jogador negro a jogar no time atleticano. Amauri Fernando Ferreira destacou-se rapidamente como eficiente lateral-esquerdo e jogou durante 9 temporadas no Atlético. (…)".
Gostaria de saber quem irá constestar esses registros históricos, do maior livro de referências sobre os acontecimentos concernentes a dupla atle-TIBA !
São ou não uns falacianos ?
NOTA: Salientamos que os termos pejorativos utilizados nesse artigo não representam o pensamento, nem o vocabulário diário deste blog, em nenhuma hipótese ou circunstância. Os termos utilizados foram apenas reproduzidos como transcritos na referida obra pra realização deste documento.
FONTE: "AtleTiba" – A Paixão das Multidões, 1994, escrito por Vinícius Coelho e Carneiro Neto.
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